sexta-feira, 27 de junho de 2008

Pé (Do lat. pede-, «id.») segmento distal do membro inferior do homem (ou posterior de outros animais) q s articula c a extremidade inferior da perna

Eu nem sequer gosto de pés mas ultimamente ando viciada em tirar fotografias aos meus membros inferiores.
Embora ache que este post é mais o registo do blogue da (passevites.blogspot.com) deixo aqui o que eu intitulei “pés para toda a obra”, prometendo desde já que haverá cenas do próximo capítulo.
Acho que vou começar uma saga tipo Guerra das Estrelas.





quinta-feira, 26 de junho de 2008

Década (Do gr. dekás, -ádos, «grupo de dez», pelo lat. decàda-, «id.») história dos acontecimentos verificados num período de dez anos

Eu há dez anos era assim...



GOD! :-S

Adopção (Do lat. adoptióne-, «id.») criação, por sentença judicial, de um vínculo jurídico semelhante ao que resulta da filiação natural



Há pessoas realmente cruéis e que não têm o mínimo de sensibilidade para tratar de um qualquer tipo de ser vivo seja ele racional ou não.

Chamo-me Bernardo e tenho dois anos e meio. Há cerca de 4 meses fui adoptado (sem muita vontade, diga-se de passagem) por uma desterrada de Portugal que me arrancou de uma prateleira de um estabelecimento comercial cujo nome não posso dizer mas que começa por M, acaba em T e tem axMa pelo meio.

À primeira vista a minha mãe adoptiva parecia simpática e cuidadosa.

Sentia-me feliz e excitado pelo facto de ir para um novo lar, uma nova vida, uma nova mãe, jovem e bonita ainda por cima. Poderia dizer a todos os meus colegas do centro de Bonsai de Campolide que tinha a vida ideal e que melhor do que era a minha vida não podia haver… até o meu amigo que vive com o Mr. Myaki do Karate Kid tinha inveja de mim.

O primeiro mês foi fantástico. Todos os dias bebia aguinha, chegou-me até a dar adubo. Quando chegava a casa fatigada do longo dia de trabalho tinha sempre uma palavra amiga e punha música para eu dançar. Durante a semana punha musica Pop, ao fim de semana era mais Fado e Jazz. Tinha o cuidado de cuidar da minha pele, não me expondo ao sol mais do que as 4 horas diárias recomendadas. Vinha de propósito almoçar a casa apenas para me deslocar da varanda para a sala ou vice-versa. Em dias de chuva tinha o cuidado de me por num sítio estratégico para que, quando raiassem alguns raios de sol eu me conseguisse expor a eles. Deu-me um nome, um lar… uma vida feliz e saudável. Arrancou-me das ruas para que não seguisse as pisadas cruéis da vida e não acabasse num contentor de verdes qualquer.

O segundo mês notou-se algum desleixo da parte da minha mamã. A paciência á não era a mesma. Talvez por ter de me partilhar com o enteado cato que para lá andava… Aguinha só de três em três dias, adubo nem vê-lo, sol… só quando tinha a sorte dela me esquecer no chão porque tinha estado a fazer limpezas.

E eis que houve uma mudança. Não só de residência mas de atitude.

Na nova casa o meu quarto era na mesa da televisão. A partir da uma e até ao pôr-do-sol levava com o calor e os raios ultra-violeta. Será que ela nunca ouviu falar do Cancro da Pele… no meu caso, da folha??? Quando reparou que estava a ficar com a folha mais ou menos como o pescoço da Lili Caneças levou-me para a cozinha… sítio escuro aquele!!! E ainda por cima pôs-me ao lado do horrível cacto de caule seca. Que suplício.
Água então… uma vez por semana… e quando era!!!

Enfim comecei a sentir-me debilitado e sem forças para continuar. Cheguei mesmo a pôr uma raiz de fora da terra para pôr termo à vida… Mas tudo corria mal! Por mais que quisesse desistir mais parecia que tudo estava contra mim. Nem partir para um mundo melhor me deixavam.

Até que m dia, já sem forças sequer para retirar a outra raiz da terra, uma luzinha ao fundo do túnel apareceu. Ouvi os passos dela a correrem da sala até mim. Chegada ao meu lado prostrou-se à minha frente e eis que disse: “ A cabra da árvore está a morrer… nunca mais me lembrei disto!!! Vou pô-la na varanda…”
Eu só queria um pouco de amor e carinho e quando se está doente e fraco, tudo nos parece o bom e doce rebuçadinho. Achei que ali ia começar uma vida nova, de luta é certo, mas nova.

Como me enganei…

Levou-me para a varanda.

Passou um dia, dois, três… Ouvia-a a chegar e gritava com a pouca voz que tinha. Mas era em vão. Quatro, cinco… E chegou o fim-de-semana. Pensei: “Ela agora tem mais tempo, vai com toda a certeza lembrar-se de mim e dar-me água e menos sol!”. Não! Chegava às 8 da manhã, saia às 4 da tarde, voltava para jantar e de novo saia para repetir o ciclo. Não me deu um pouco de atenção de carinho… nada! Aguinha… só a da chuva. Ainda me lembro de lamber a tijoleira da varanda para conseguir uma gotinha de água misturada com terra. O meu único divertimento era ouvir os trolhas da obra em frente… Coisas lindas que eles diziam… “Oh flor dá para pôr?” Esta foi a que me ficou mais na memória.

Passou-se mais uma semana e nada. Já em estado de coma ouvi-a comentar que ia de casamento para “Lesboa”. Já estava por tudo. Só queria que acabasse ali esta minha passagem pelo mundo dos humanos que se dizem racionais.

Não sei ao certo quanto tempo passei naquela varanda porque deixei de ter forças para riscar na parede pauzinhos com os dias que passei ali. Mas 3 semanas foram com toda a certeza.

E eis que há um dia que ela voltou e pegou em mim fazendo o ar mais perplexo do mundo! Hipócrita… depois de me deixar ali 1/12 avos do ano queria que eu estivesse de boa saúde.

Agora toda a atenção é para mim… talvez porque o outro marroquino que pica se tenha ido embora…

Mas agora é tarde! Agora sou eu que não quero.

Todos os dias ela luta para que eu sobreviva e todos os dias eu faço o contrário.

Este texto é para ti, Raiz, que pensas um dia vir a ser um Bonsai… Não o faças!!! Vê o meu exemplo. Se te tornares numa árvore a sério ninguém se esquecerá de ti em cima de uma mesa de cozinha!!! Serás demasiado grande para isso, forte, invencível! E ainda terás a sorte de um dia puderes vir a ser 20 folhas do diário da tua mãe adoptiva… e saberás todos os seus segredos, os menos e os mais íntimos.

Vê o meu exemplo! Vê como eu era… e como sou!

terça-feira, 24 de junho de 2008

Amiga (Do lat. amíca-, «id.») mulher que tem com alguém uma relação de amizade

Ainda me lembro do dia em que, há pouco menos de 14 anos atrás, me “baldei” a uma aula para ir ao café com ela. Eu, a Jo e outra colega que, se não me falha a memória, se chamava Fernanda. Lá fomos. Desde aí tornou-se um hábito, sempre que tinhamos um furo, ou uma hora de almoço prolongada (sim porque não éramos meninas para faltar desmesuradamente, foi uma situação esporádica), lá íamos nós, ao Boca Doce adoçar a boca com um gelado, bolo, café... ou apenas com dois dedos de conversa. Umas vezes ía com a Fernada, outras com a Maria, outras com não sei quem. Mas um elemento era constante: a Jo!
Colegas de turma e de carteira, fomo-nos conhecendo e foi surgindo uma amizade. Talvez por estarmos as duas um pouco “deslocadas” por virmos de escolas diferentes, logo nos apoiamos uma na outra.
Os dias íam passando e aquilo que era uma amizade de escola foi-se tornando numa amizade que ultrapassava as vedações, salvo erro, verdes da Leal da Câmara.
Até que um dia se fez um click na minha cabeça e percebi que a Jo não era uma amiga mas sim A AMIGA!
Numa simples troca de palavras quando eu lhe contava um dos meus problemas da adolescência e sem dizer mais do que um “Joana preciso de falar contigo” percebi que afinal não precisava nada porque ela, sem eu sequer mencionar o assunto, já sabia o que se passava... E não... não tinham passado anos de convivência mas apenas alguns meses. 2 ou 3 não sei. Mas foram tantos ou tão poucos que chegaram para esta AMIGA perceber, ler, ver tudo o que se passava na minha cabeça.
Os meses foram passando, chegaram as férias de verão e com elas a mudança de escola. Foram-se os colegas antigos, chegaram os novos. E a Jo ficou.
Veio a faculdade: novas aventuras, festas, stresses, bebedeiras, chatices, momentos de alegria, euforia, tristeza, depressão... e a Jo estava lá!
Veio o difícil mundo do trabalho, nova casa, novo emprego, novos colegas, novos amigos, nova terra, a distância... e adivinhem que continua a cá estar?
Pois é: esta menina merece realmente que eu escreva este texto, sem muita inspiração e tempo, é verdade! Mas ela merece. E esteja bom, mau ou mais ou menos é o que sinto e nem preciso de lhe dizer... porque ela sabe. Nós pensamos alto uma com a outra como costumamos dizer. E não tenho receio disso porque ela pode “ouvir” tudo o que eu pensar porque serão sempre coisas positivas e construtivas. Ela faz o mesmo comigo.
Por isso minha amiga: que este teu 30º aniversário te traga tudo o que desejas. Que seja um ano de mudança em todos os sentidos (tu sabes o que eu quero dizer).
Peço-te só para continuares a ser o que és: uma tímida mas atrevida moça que sem stress e sem levantar ondas lá vai fazendo os seus estragos, e que nunca deixes de estar aqui... comigo... esteja eu em Marrocos, Zimbabwe ou Swazilândia (mais do que isso não desço porque é muito frio ;-))

Um grande beijinho de parabéns (atrasados aqui)!!!
Ah... continua a pensar alto que eu gosto!!!

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Parabéns II (De parabém) felicitações; congratulações


Sei que estou atrasada (e muito) mas tenho andado entretida pelas praias de Marrocos e só agora tive disposição para, como habitualmente o faço, dar os meus mais sinceros parabéns a mais uma pessoa que já lá vão 11 anos faz parte da minha simples vida.


Piui: torna-se muito mais fácil dar-te os parabéns por aqui, já que rejeitas que te telefone no teu dia de anos (passado dia 8 de Junho). E não ponhas as culpas no teu trânsito intestinal porque isso costuma dar é no dia seguinte à festa (Comeste lulas, foi?)


És um toninhas mas a malta adora-te tal como és.


Continua assim que eu caso contigo :-)


Um grande beijinho da colega e amiga!


(Agora é contigo... escolhe a quem queres que eu dê o beijinho)

Pessoa (Do lat. persona-, «id.») ser humano considerado na sua individualidade física e espiritual


Liberdade

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.

O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...


Fernando Pessoa

segunda-feira, 2 de junho de 2008

C: terceiro lugar numa série indicada pelas letras do alfabeto;



Não posso deixar de deixar aqui um enorme enorme enorme beijo de parabéns a uma das revelações dos utlimos tempos da minha vida. Apesar de ser uma amiga mais ou menos recente é sem duvida uma das melhores e maiores.


Para a minha "C.": continua como és, com 15, 20, 30 ou 40 anos!!!


Uma beijoca bem repenicada nessas bochechas bonitas...


E agora deixo aqui (para fazer um pouco de publicidade) a prenda que lhe demos o ano passado. Feita por mim com muito prazer e muita dedicação. Não a queria mesmo decepcionar... e acho que cumpri os objectivos. Intitula-se "seven" e está aqui mesmo em baixo.